Gênero e Sexualidade: Treasure Ibe

 


Para esta postagem, eu escolhi duas fotos de Balé Folclórico da Bahia e da ativista e figura anti-escravidão bem-conhecida, Sojourner Truth. Soujourner Truth foi uma pessoa escravizada que fugiu escravidão e tornou-se ativista de direitos civis e de mulheres. Ela é bem conhecida por seu discurso intitulado “Eu não sou uma mulher” (“Ain’t I a Woman"), que demonstra os temas que discutimos e minhas experiências pessoais. Neste discurso, Sojourner falou sobre a hipocrisia dos argumentos por homens que não apoiam os direitos das mulheres. Como uma mulher negra, “ninguém nunca [a] ajuda dentro de carruagens, ou por cima de poças de lama, ou dá [para ela] qualquer melhor lugar! E não sou uma mulher?” Ela não é percebida como uma vítima ou uma mulher que precisa ser salva, ser protegida, e ser cuidada. Em vez disso, ela é masculinizada e percebida como sendo útil ou importante quando ela está trabalhando para seus donos: “Olha me! Olha para meu braço! Eu arava, plantava, juntava em celeiros, nenhum homem poderia me comandar! E não sou uma mulher?” Ela não é considerada adequada para papéis “femininos” ou coisas “femininas” como maternidade, emoções ou mesma sexualidade: “Eu dei à luz treze filhos e vi quase todos vendidos como escravos e quando eu chorei com minha tristeza como uma mãe, ninguém mas Jesus me ouviu E não sou uma mulher?” Como uma mulher negra e escravizada, ela enfrentou misoginia interseccional sem a proteção legal ou social. Hoje, existe a Ronda Maria de Penha, um grupo de Polícia Militar que foi feito por Major Denice Santiago para combater violência contra mulheres. 

Eu também experimentei e continuo a ser masculinizada, especialmente como uma mulher negra e gorda. Aqui em Salvador, porque a beleza e cultura das mulheres afro-brasileiras são comemoradas, eu sinto que eu sou percebida como uma mulher aqui mais do que nos Estados Unidos. O Balé Folclórico da Bahia é um exemplo da celebração da beleza de afro-brasileiros por comemorar folclore baiano e Candomblé. O balé inclui dançarinas negras com vestidos lindos. Na Bahia, mulheres que aparecem como elas com cabelo natural, cacheados, ou crespo e pele escura são percebidas como figuras de beleza.


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